Grupo F - Turma 3002










Instituto de Educação Belford Roxo CIEP 380 Joracy Camargo – IEBR
Disciplina: Matemática. Prof°: Cristiane Marcelino. Turma: 3002.
Grupo: F ( Etnomatemática ).
Líder: Nicole Ávila.
Pesquisadora: Caroline dos Santos.
Mídia: Diego Gonçalves.
Criativos: Lorena Priscila;
Débora Azevedo;
Jéssica O. Amorim.

Estamos vivendo agora um momento que se assemelha à efervescência intelectual da Idade Média. Justifica-se, portanto, falar em novo renascimento. Etnomatemática é uma das manifestações desse novo renascimento. É importante notar que a aceitação e incorporação de outras maneiras de analisar e explicar fatos e fenômenos, como é o caso das etnomatemáticas, se dá sempre em paralelo com outras manifestações da cultura. Ferreira (apud Chieus Junior, 2006, p.185) parafraseando Freire coloca que: ‘...se me perguntarem o que é Etnomatemática eu diria – É matemática, é criança
brincando, é pedreiro construindo casa, é dona de casa cozinhando, é índio caçando ou fazendo artesanato, isto é, é parte da vida, da existência de cada um’ Então, para entendermos o comportamento da juventude de hoje e, avaliarmos o estado da educação, temos que recorrer a uma análise do momento cultural que os jovens estão vivendo. Isso nos leva a examinar o que se passa com a disciplina de matemática nos currículos e como ela se situa hoje na experiência, individual e coletiva, de cada indivíduo.
O Programa Etnomatemático procura delinear alguns possíveis caminhos que possibilite questionar o que é considerado válido como conhecimento e para que este conhecimento é válido, incorporar a cultura e o meio social nas práticas pedagógicas fará com que o educando saiba de forma adequada fazer relações no âmbito do que é conhecido para alcançar novos conhecimentos“A Etnomatemática procura entender o saber/fazer matemático ao longo da história da humanidade, contextualizando em diferentes grupos de interesse, comunidades, povos e nações.” (D’ AMBRÓSIO, 2005, p.17). Fazendo essa relação, com a História, trazendo para o contexto, o educando poderá usar de forma adequada os conhecimentos matemáticos, compreendendo assim a evolução do conceito através dos tempos. Então a questão do conhecimento deve estar ligada à sobrevivência e a matemática é a resposta à questão existencial, o indivíduo se baseia em conhecimento e ao mesmo tempo produz novo conhecimento.
Cada indivíduo conforme seu meio age em função de sua capacidade sensorial e de sua criatividade, processa uma informação e define sua ação resultando na geração de mais conhecimento, acúmulo de conhecimento constituindo uma cultura de grupo.
O cotidiano de grupos, de famílias, de tribos, de comunidades, de agremiações, de profissões, faz com que existam diferentes maneiras de fazer e de saber que caracterizam uma cultura. A todo instante, os indivíduos estão comparando, classificando, quantificando, medindo, explicando, generalizando, inferindo e, de algum modo usando os instrumentos materiais e intelectuais que são próprios à sua cultura. E ainda existem a matemática familiar, a matemática no ambiente dos brinquedos, do trabalho recebida de amigos e colegas. A utilização do cotidiano das compras, análise comparativa de preços de contas de orçamento, hortas caseiras, construção de pipas, a profissão dos pais são excelentes materiais pedagógicos para o desenvolvimento da etnomatemática.
Uma das primeiras formas de Etnomatemática foi a de conhecer o meio ambiente, onde é importante dominar técnicas de agricultura e aprender a interpretar as estações do ano.
O reconhecimento e registros do ciclo menstrual e a sua regularidade, associado às fases da Lua, parece ter sido outra das formas de Etnomatemática, bem como temas associados à agricultura, religião e astronomia, utilizam a matemática como instrumento de análise das condições do céu e das necessidades do cotidiano. A proposta da Etnomatemática não significa a rejeição da matemática acadêmica, mas sim,aprimorá-la incorporando a ela valores de humanidade, sintetizados numa ética de respeito, solidariedade e cooperação. Devemos ter em mente que a Etnomatemática não vai substituir a matemática acadêmica, é essencial para o indivíduo ser atuante no mundo moderno. Esse vínculo educacional centra-se na convicção de que a diversidade cultural é essencial para a construção de uma sociedade mais humana, crítica e solidária. Na sociedade moderna, a Etnomatemática terá utilidade limitada. Não se pode, pensar hoje em aritmética e álgebra, que privilegiam o raciocínio quantitativo, sem a utilização de calculadoras. O raciocínio quantitativo e o cálculo [ aritmético, algébrico, integral] foi a razão de ser das calculadoras e computadores. O uso de mídias tem suscitado novas questões às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias matemáticas. Atividades com lápis e papel ou mesmo quadro e giz, para construir gráficos, por exemplo, se forem feitas com o uso dos computadores, possibilitam a solução em menor tempo do que o necessário mediante uso de caderno e lápis. Pode parecer contraditório falarmos em uma matemática sofisticada quando fazemos a proposta da Etnomatemática, mas justamente o essencial da Etnomatemática é incorporar a matemática cultural, contextualizada, na educação matemática e o uso de mídias amplia essa possibilidade, pois os recursos tecnológicos têm favorecido as experimentações matemáticas, visto que o raciocínio lógico com qualidade é essencial para situar-se no mundo moderno e chegar a uma nova organização de sociedade, que permita exercer a crítica e análise do mundo moderno que vivemos.
Estamos vivendo uma profunda transição com maior intensidade que em
qualquer outro período da história na comunicação, nos modelos econômicos e
sistemas de produção.
Referências Bibliográficas 
Cristaldo, J. - “ Uma teocracia na Amazônia”. Ponto Crítico - Jornal a Folha 
de São Paulo. (12/02/95) 
D´Ambrosio, U. - “Ethnomatematics and its place in the History of 
Pedagogy of Mathematics” - For the Learning of Mahthematics - (1985)  5#1 
D´Ambrosio, U. - “Etnomatemática : Um Programa” - Educação Matemática 
em Revista - SBEM (1993) nº 1, 5 - 1






Um comentário:

** Cristiane Marcelino ** disse...

Seguem alguns vídeos sobre Etnomatemática e atividades realizadas como pesquisa nessa área.

http://www.youtube.com/watch?v=RZM25chL-2c

http://www.slideshare.net/anabran/slide-de-etnomatemtica-definitivo

http://www.youtube.com/watch?v=8Vc3svFAwbM&feature=related

http://vello.sites.uol.com.br/ubi.htm